Voltare

Aquela noite transpirava desejo e não, não era um eléctrico.
Eram dois riscos pedalando a lua sob a floresta.
Eram duas mãos refulgindo ao contraluz das acesas núvens.
Era uma respiração, uma vontade, uma placagem iminente.

Um verão azul a desaguar na pele,
E marés a clamar urgência,
Entretecendo espirais de afecto
Nas torrentes do desejo.

Lá estava Voltare, pela segunda vez,
na estepe oculta do leão,
Pretendendo rasgar aquela noite
Sem, contudo, ousar um único rugido.

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