Adormeci o mar

Voltar cedo para casa: uma promessa.
Não beber demais: uma necessidade.
Desconstruir a vontade no teu olhar:
Desconstruir a vontade no teu olhar:
Desconstruir a vontade no teu olhar:
Desconstruir a vontade no teu olhar:
Desconstruir a vontade no teu olhar:
um acto de coragem.

A noite estava quente,
As ruas pejadas de gente,
E um relógio imaginário pesava sobre a minha cabeça.

Devo ir.

Devo ir agora.

Agora.

Vou.

Subi outras ruas,
Pejadas de outra gente,
E a noite, cada vez mais quente.

Cheguei tarde demais àquele outro bar.
Devo ir embora.
Devo ir agora.
Agora.
Vou.

Desci outras ruas,
Agora um pouco mais nuas.
E a noite transpirava...

Choquei com o letreiro que o anunciava possivelmente presente.
Varri rapidamente as caras, os essparsos grupos, lá estava ele.

E então soube,
Que a noite iria escorrer
Gotas de suor
Entre os nossos corpos.

Foi uma questão de tempo,
Até senti-lo colado a mim,
Confirmar a vontade,
O desejo ameno,
O encontro inverosímil.

Amámo-nos ao som de pássaros,
Arautos da manhã gloriosa,
Que soprara a noite quente para longe, para muito longe...

Voltei cedo para casa,
Não bebi demais,
Desconstruí o teu num outro olhar.
Desconstruí o teu num outro olhar.
Desconstruí o teu num outro olhar.
Desconstruí o teu num outro olhar.
Desconstruí o teu num outro olhar.

Nessoutro corpo adormeci o mar.

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