do tempo

Aprendo o tempo.
Que não é saber contá-lo,
Nem uma questão de métrica,
Ou da sua relatividade.
Aprendo o tempo por dentro.
O tempo do pulsar - outro, do outro, que não eu.
E são tantos, esses todos; são todos, menos eu.
É verdade que às vezes me custa:
Dá tanto trabalho, aprender o tempo…
É preciso esperar, aprender a esperar,
Que da espera, a paciência, é a maior ciência.
É preciso gostar, aprender a gostar,
De tudo o que não se espera:
Que faltou, está a mais, veio cedo, diferente ou mudou.
Só assim se acerta o passo, a compasso,
Do presente tempo em que ora estou.
E principalmente,
É preciso estar, aprender a estar,
Bem com o tempo, nosso e de cada um.
E saber sopesar,
No riso, suspiro, esgar, tremura, ânsia, vagar,
As mesuras de tempo que a cada um convém tomar.

Comentários

BlueTraveler disse…
No fim do dia, o que realmente conta, foi o tempo que partilhas-te num abraço.

Abraço-te
Besos
Coelho

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