bravio

os doces sentidos da desnudada ausência acicatam o lume bravio junto ao peito. e as ágoras têmporas do pensamento refulgem as suas esporas luzidias na vertigem da estrada. trocados miúdos roubam em êxtase essa tão amada loucura de viver. onde foi que deixámos as angústias penduradas? jovial troca de queixumes, confidências, sonhos, ausências... no último cigarro da noite esvai-se a última réstea de luz. apagado quarto da solitude, recolhe as lágrimas inauditas do sofrimento atroz. é no descanso final de cada dia que o corpo regenera o próximo sorriso. combalidas penas dos rios de tinta nas folhas do vento - escorreito sentir de inusitadas terras, invisitadas, inquebrantadas, no espelho do tempo.

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