ela
silêncio.
não abre.
não sabe que mais.
não sorri, não se dá.
silêncio.
a menina corre descalça ao encontro de um colo de avental.
sempre a menina, sempre essa menina, que sempre esse colo acolheu.
as lágrimas saem fáceis, demasiado fáceis e a menina não sabe:
se chora assim porque dói muito... ou porque chorar assim é muito bom.
silêncio.
a mulher sobe as escadas de olhos fechados e passos lentos.
vai ao encontro de si mesma com olhos de melancolia.
o tempo pode ditar agora as suas fitas vazias
pois ela enlaçou as rosas com tonéis de palavras
e as pétalas afogaram-se antes de poder abrir.
silêncio.
o coração bate contra a montanha e nem um eco.
do lado de lá, todos os amores, todas as vezes, cada flor e cada pedra.
do lado de cá, só ela.
a abrir portas na base
a escavar túneis nas entranhas
e nunca, nunca, a se deixar ser janela, aberta de par em par, gloriosamente esculpida no lado...
de onde sopra a brisa,
de onde rola a onda,
de onde brilha o sol.
não abre.
não sabe que mais.
não sorri, não se dá.
silêncio.
a menina corre descalça ao encontro de um colo de avental.
sempre a menina, sempre essa menina, que sempre esse colo acolheu.
as lágrimas saem fáceis, demasiado fáceis e a menina não sabe:
se chora assim porque dói muito... ou porque chorar assim é muito bom.
silêncio.
a mulher sobe as escadas de olhos fechados e passos lentos.
vai ao encontro de si mesma com olhos de melancolia.
o tempo pode ditar agora as suas fitas vazias
pois ela enlaçou as rosas com tonéis de palavras
e as pétalas afogaram-se antes de poder abrir.
silêncio.
o coração bate contra a montanha e nem um eco.
do lado de lá, todos os amores, todas as vezes, cada flor e cada pedra.
do lado de cá, só ela.
a abrir portas na base
a escavar túneis nas entranhas
e nunca, nunca, a se deixar ser janela, aberta de par em par, gloriosamente esculpida no lado...
de onde sopra a brisa,
de onde rola a onda,
de onde brilha o sol.
Comentários
beijo e um abraço forte